domingo, 10 de junho de 2012

A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial



              ”A cobra vai fumar” e “Senta a pua!”, slogans que incentivaram os militares brasileiros na Segunda Guerra Mundial.


Durante o Estado Novo (1937 – 1945), o governo brasileiro viveu a instalação de um regime ditatorial comandado por Getúlio Vargas. Nesse mesmo período, as grandes potências mundiais entraram em confronto na Segunda Guerra, onde observamos a cisão entre os países totalitários (Alemanha, Japão e Itália) e as nações democráticas (Estados Unidos, França e Inglaterra). Ao longo do conflito, cada um desses grupos em confronto buscou apoio político-militar de outras nações aliadas.

Com relação à Segunda Guerra Mundial, a situação do Brasil se mostrava completamente indefinida. Ao mesmo tempo em que Vargas contraía empréstimos com os Estados Unidos, comandava um governo próximo aos ditames experimentados pelo totalitarismo nazi-fascista. Dessa maneira, as autoridades norte-americanas viam com preocupação a possibilidade de o Brasil apoiar os nazistas cedendo pontos estratégicos que poderiam, por exemplo, garantir a vitória do Eixo no continente africano.

A preocupação norte-americana, em pouco tempo, proporcionou a Getúlio Vargas a liberação de um empréstimo de 20 milhões de dólares para a construção da Usina de Volta Redonda. No ano seguinte, os Estados Unidos entraram nos campos de batalha da Segunda Guerra e, com isso, pressionou politicamente para que o Brasil entrasse com suas tropas ao seu lado. Pouco tempo depois, o afundamento de navegações brasileiras por submarinos alemães gerou vários protestos contra as forças nazistas.

Dessa maneira, Getúlio Vargas declarou guerra contra os italianos e alemães em agosto de 1942. Politicamente, o país buscava ampliar seu prestígio junto ao EUA e reforçar sua aliança política com os militares. No ano de 1943, foi organizada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), destacamento militar que lutava na Segunda Guerra Mundial. Somente quase um ano depois as tropas começaram a ser enviadas, inclusive com o auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB).

A principal ação militar brasileira aconteceu principalmente na organização da campanha da Itália, onde os brasileiros foram para o combate ao lado das forças estadunidenses. Nesse breve período de tempo, mais de 25 mil soldados brasileiros foram enviados para a Europa. Apesar de entrarem em conflito com forças nazistas de segunda linha, o desempenho da FEB e da FAB foi considerado satisfatório, com a perda de 943 homens.



A Segunda Guerra Mundial - Resumo Geral


Introdução : As causas da Segunda Guerra Mundial

Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.

Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.

Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).

Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.

O Início:

O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).

Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:

- O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.

- Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.

- De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.

- O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.

Final e Consequências:

Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.

Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.

Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

A Participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial



Em Abril de 1917, forças Alemãs atacaram o navio Paraná próximo ao Canal da Mancha. Logo após seis meses, o encouraçado Macau também foi atacado. A população brasileira indignada passou a cobrar por uma resposta contundente das autoridades brasileiras. O presidente da época,  Venceslau Brás, havia feito uma aliança com a Tríplice Entente (Estados Unidos, Inglaterra e França), com o intuito de se opor a Tríplice Aliança formada pelo Império Austro-húngaro, Alemanha e o Império Turco-Otomano.

Podemos dizer que, mesmo com um grande poder bélico, a participação do Brasil na primeira guerra foi muito tímida. O governo do Brasil enviou Pilotos de aviões, ofereceu navios e médicos a seus aliados.
Com o intuito de proteger o Atlântico, sete embarcações brasileiras foram utilizadas (dois cruzadores, quatro contratorpedeiros e mais um navio auxiliar), onde suas tripulações foram assoladas pela gripe espanhola que ocorria na época. A participação mais importante e significativa do Brasil foi no envio de um grupo para lutar ao lado dos franceses e britânicos.

Os brasileiros tiveram participação nos conflitos das tropas da frente ocidental e na região da Jutlândia. O mais conhecido caso de participação brasileira se refere ao militar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Relatos contam que este militar foi responsável pelo comando de pelotões de cavalaria francesa e uma pequena unidade de tanques. A experiência por ele adquirida abriu portas para que, logo em seguida, o Brasil adquirisse seus primeiros carros blindados.

O apoio brasileiro teve muito mais presença com o envio de suprimentos agrícolas e matéria-prima procurada pelas nações em conflito. No Brasil, a Primeira Guerra teve implicações significativas em nossa economia. A retração econômica sofrida pelas grandes nações industriais europeias abriu portas para que o parque industrial se desenvolvesse.


Ao final da guerra, o Brasil participou da Conferência de Paz que resultou no Tratado de Versalhes em 1919 onde o país conseguiu ficar com os navios alemães aprisionados e ainda conseguiram a liberação dos depósitos bancários, feitos em 1914 com a venda de café, que estavam retidos na Alemanha.


Os benefícios da Primeira Guerra para a economia brasileira:

Durante os quatro anos da Primeira Guerra, os países europeus envolvidos no conflito voltaram a produção de suas indústrias para a fabricação de armamentos e equipamentos para os soldados. Desta forma, O Brasil ficou sem opções para importar produtos manufaturados da Europa. Ricos cafeicultores brasileiros, aproveitaram o momento e investiram capital acumulado nas indústrias, favorecendo assim a industrialização do Brasil. 
O Brasil também lucrou muito exportando matérias-primas para os países em guerra como, por exemplo e principalmente, a borracha. Também exportou muitos produtos agrícolas (café, cacau e açúcar).



A Primeira Guerra Mundial - Resumo Geral

Antecedentes:
Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.

O início da Grande Guerra:
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

Política de Alianças:
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
Desenvolvimento:
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.

Fim do conflito:
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.


Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.

Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.

O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Continuação do tema : A guerra do Paraguai

A Primeira Intervenção Brasileira 
 A primeira intervenção brasileira ( Guerra de Oribe e Rosas ) visa pôr no poder os colorados de Rivera no Uruguai e os federalistas na Argentina ( com apoio dos governadores de Corrientes, Urquisa e Entre Rios, Virasoro). O inimigo é o argentino Rosas e seu aliado, Manuel Oribe presidente uruguaio. O império teme que Rosas reunifique o antigo vice-reinado do Prata ( Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia). As Califórnias, ataques de milícias do RS ao Uruguai pressionam pela intervenção imperial.
 O caudilho Chico Pedro de Abreu, Barão de Jacuí ( bajé) , lidera o duelo de incêndios, saques, degolas e roubo de gado. A invasão começa pelomanifesto de Urquisa pela derrubada de Rosas e Oribe ( 1/5/1851 ) e uma aliança com o Brasil. O Uruguai é invadido pelos RS ( Caxias ), Argentina (Urquisa) e por mar ( Grenfell). Oribe captula e o país fica dois anos ocupado pelo Brasil. Os vencedores (20.000 correntinos e entrerrianos, 4 mil brasilerios 1.700 Uruguaios) passam à Argentina e, na Batalha de Monte Caseros, decidem a sorte de Rosas. Este se asila na Inglaterra, onde morre pobre e esquecido.


A Invasão Brasileira no Uruguai
 
 A invasão reforça a presença brasileira no Uruguai. O barão de Mauá tornar-se o maior banqueiro e pecuarista do país; 30% das terras uruguaias são de brasileiros. 
Os blancos voltam ao governo e o presidente Bernardo Berro tenta nacionalizar a fornteira: reprime a escravidão, eleva os impostos.
 Volta a pressão por uma interferência do Império, sobretudo quando blanco radical Atanazio Aguirre substitui Berrro e e o colorado Venâncio Flores ( 1800-1868) chefia novo levante.
O general Antônio Netto, que mantém um exército privado de 1.000 gaúchos, vai ao Rio dizer que ”o Império protege seu súditos, ou eles se armam e defendem a si próprios.

A Segunda Intervenção Brasileira
 
 A segunda intervenção brasileira começa com a missão Saraiva (06/05/1864), por via diplomática. Em acordo com o ministro inglês, Edward Thornton, o Conselheiro José Antônio Saraiva exige punição de todos os “criminosos”do exército e política do Uruguai, indenização dos brasileiros expropriados, libertação dos que tomaram armas. Aguirre recusa. Saraiva combina a invasão com o presidente argentino Bartolomé Mitre (1821-1906) e Thorton. Arrogam ao Brasil e Argentina o direito de arbitrar o conflito uruguaio.
 A armada do Barão (d. visc. e marquês) de Tamandaré (1807-1897) já está no Prata e o exército brasileiro na fronteira. As alianças de 1851 se recompõem com uma diferença crucial: o Paraguai notifica ao Brasil (30/08/1864) que “não pode se conservar indiferente” face a uma invasão do Uruguai “pois ela destrói o equilíbrio político no Prata”. Não há resposta; ao que parece, Dom Pedro, como Lopes, julga chegada a hora da guerra. A Prússia Paraguaia tem um exército de 50 mil homens (Brasil 18 mil, Argentina 8 mil); mas a Marinha (14 vapores, não construídos para a guerra) não se compara aos 23 atores e oito canhoneiras do império.
 Mandaré ajuda Flores a tomar Salto, bombardeia Paissandu (5/12/1864), mas não ousa tomar a cidade, defendida com bravura. Com a chegada de reforços e após violenta luta, Paissandu cai, o que define a campanha. Frente a 11 navios e 8 mil soldados, Aguirre capitula (20/2/1865) e ntrega a capital a Flores. Este inicia seu mandato fuzilando o gal. blanco L. Gomez, cuja cabeça é exibida na ponta de uma lança. O império conta outra vez com um governo amigo na ex-província Cisplatina.

Diferentes Interpretações da Guerra

 
 De acordo com a historiografia tradicional, a guerra seria produto dos desejos expansionistas de Solano López. O Brasil, a Argentina e o Uruguai teriam apenas defendido seus interesses sobre o território do Rio da Prata.
 Já a corrente historiográfica chamada revisionista defende que a guerra foi estimulada pela Inglaterra. A Inglaterra, por sua vez, temia o nacionalismo paraguaio e o exemplo que era para os demais países sul-americanos. Queria abrir o mercado paraguaio para seus produtos industrializados e foi grande financiadora do conflito.
Uma terceira corrente historiográfica nega a idéia de que interesses britânicos pesaram para o advento da guerra. Historiadores dessa corrente acreditam que o conflito pode ser explicado pela formação dos estados nacionais, por uma questão de fronteiras mal divididas e pelo controle que cada um dos mesmos (Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai), desejou ter sobre o Rio da Prata.
 Hoje, a análise de documentos inéditos, como informações comerciais, dados demográficos, cartas e fotografias, da nova cara ao episódio. A influencia da Inglaterra foi diminuída e os interesses de Brasil, Argentina e Uruguai, ressaltados. O Paraguai não foi apenas uma vítima. Quando López assumiu a presidência, em 1862, já deixou claro que pretendia resolver na marra as questões de fronteiras com os vizinhos. Imediatamente formou exércitos, armou-os e partiu para a ofensiva.

terça-feira, 27 de março de 2012

A Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai foi um conflito militar que ocorreu na América do Sul, entre os anos de 1864 e 1870. Nesta guerra o Paraguai lutou conta a Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai.
 


Causa principal:

 Pretensões de Francisco Solano Lopes de conquistar terras na região da Bacia do Prata. O objetivo do Paraguai era obter uma saída para o Oceano Atlântico. O Paraguai disputa do Chaco com a Argentina a livre navegação do rio Paraguai e reivindicação do território entre os rios Branco e Apa pelo Brasil. O Brasil defendia a livre navegação na bacia platina.

Início e desenvolvimento do conflito:

- A guerra teve início em novembro de 1864, quando o navio brasileiro Marquês de Olinda, foi aprisionado pelos paraguaios no rio Paraguai.

- Em dezembro de 1864, o Paraguai invadiu o Mato Grosso, aproveitando a fraca defesa brasileira naquela província. Conquistou-a sem dificuldades, o que o motivou a continuar com a expenção do Paraguai pelos territórios brasileiros.

- O próximo foco de Solano Lopes era o Rio Grande do Sul, sendo que para chegar lá o mesmo teria que passar pela Argentina e logo no começo de 1865, as tropas paraguaias invadiram Corrientes (Argentina) e então em seguida o Rio Grande do Sul. Decididos a não mais serem ameaçados e dominados pelo ditador Solano Lopes, Argentina, Brasil e Uruguai uniram suas forças em 1° de maio de 1865 através de acordo conhecido como a Tríplice Aliança. A partir daí, os três paises lutaram juntos para deterem o Paraguai. No entanto Paraguai havia um número bem maior de homens - 77 mil combatentes - Enquanto a Triplice Aliança tinha apenas 27 mil combatentes (6 mil argentinos, 3 mil uruguaios e 18 mil brasileiros).

- Em 11 de junho de 1865 ocorreu um dos principais enfrentamentos da guerra, a Batalha de Riachuelo. (Almirante Barroso) A vitória brasileira neste enfrentamento naval foi determinante para a derrota do Paraguai.

 A BATALHA DE RIACHUELO - A maior batalha naval da America do Sul

- Setembro de 65 – rendição de Uruguaiana .

- Em abril de 1866 ocorreu a invasão do Paraguai.

- Comandante- em- chefe: Bartolomeu Mitre; no Brasil General Luís Osório; no Uruguai Venâncio Flores. - Força naval do Brasil: Almirante Tamandaré.

- Plano dos aliados: fortaleza de Humaitá. - Maio de 66 – batalha de Tuiuti.
                                                               Batalha do Tuiuti:

- Setembro de 66 – derrota em Curupaiti. - Julho de 68 – vitória em Humaitá.

- Dezembrada: Itororó, Avaí, Lomas Valentinas, rendição de Angostura.

- Em 1869, sob a liderança de Duque de Caxias, os militares brasileiros chegam a Assunção.

- A guerra terminou em 1870 com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora - comando do Conde d’Eu.

Recrutamento militar:

O Brasil tinha um exército mal organizado e pouco numeroso, tentou mobilizar a Guarda nacional e fez recrutamento forçado e voluntário.Impopularidade da guerra: gastos, escassez de mão de obra na agricultura, desvalorização da moeda, resistência em órgão da imprensa como Jornal do Comércio e Opinião Liberal. Liberdade aos escravos que fossem voluntários; tornaram-se alvo de discriminação por comporem o quadro do Exército.

Dificuldades:

- Falta de preparo, terreno pantanoso, inexistência de mapas, falta de equipamento militar e higiene.

Saldo e Conseqüências da Guerra:

- Nesta guerra morreram cerca de 300 mil pessoas (civis e militares);

- A indústria paraguaia foi destruída e a economia ficou totalmente comprometida;

- O prejuízo financeiro para o Brasil, com os gastos de guerra, foi extremamente elevado e acabou por prejudicar a economia brasileira.

- A Inglaterra, que apoiou a Tríplice Aliança, aumentou sua influência na região.

- Morte em decorrência de combates, fome, esgotamento físico e doenças.

- Paraguai – metade de sua população morreu, não foi alcançado o livre acesso ao mar, foi o grande derrotado, perdeu os territórios em litígio, devastou a economia, desequilíbrio demográfico.
- Uruguai – 3 mil mortos, os conflitos internos permaneceram
- Argentina - 18 mil mortos, benefício para os pecuaristas, os portenhos e o governo com impostos.
- Brasil – 50 mil combatentes, existência de um inimigo externo fortaleceu a unidade nacional, custos de 614 mil contos de réis, (em um ano era de 57 mil). Em 1940 foi perdoada a dívida. A guerra abalou os fundamentos do império, fortaleceu o Exército. O Exército brasileiro ficou mais forte e começou a simpatizar com a causa republicana e a manifestar-se contra a escravidão.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Conflitos Internos no Brasil. Panorama Geral do Brasil em guerras.

A história do Brasil é marcada por muitos movimentos e revoltas, desde as Guerras de Independências até o  período regencial . A maior delas, no entanto, que durou dez anos e chegou à escala de uma verdadeira guerra civil, foi a Revolução dos Farroupilhas.Conflitos estes que contribuíram com o surgimento de um exército imperial. 

Em 1865 a 1870, o Brasil participa da Guerra do Paraguai - Conhecido como o maior conflito armado da América Latina - Ela foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai. A Tríplice Aliança derrotou o Paraguai após 5 anos de luta. O Paraguai perde parte do seu território para o Brasil e Argentina e se torna o país mais atrasado da América Latina. Foi o último de 4 conflitos armados internacionais, que o Brasil enfrentou no Século XIX - Entre eles estão Guerra da Cisplatina, Guerra do Prata e Guerra do Uruguai, todas em prol da supremacia Sul-americana. (Guerra do Paraguai será o próximo tema abordado por este Blog ). 
Parte da historiografia brasileira aponta a consolidação do exército, resultado da Guerra do Paraguai, como um dos principais fatores desestabilizantes da Monarquia, na medida em que o corpo militar identificou-se, em torno de preceitos positivas, e adquiriu, por isso, maior ressonância política depois de 1870. Deveriam, portanto, tomar as rédeas do Estado para que este reformasse a sociedade brasileira, ainda que fosse por vias autoritárias, mas respeitando o ideário republicano. Não se deve entender, contudo, que que os militares representavam um grupo político homogêneo; a marinha, por exemplo, era bastante identificada com a monarquia; os militares da Praia Vermelha também não se coadunavam necessariamente com os gaúchos positivas.
De todo modo, a ascensão política dos militares foi fundamental para a Proclamação da República. As elites locais de SP, MG e RJ uniram-se em torno do Marechal Deodoro da Fonseca para que realizassem a revolução, que ocorreu a 15 de novembro de 1889, com a marcha do Marechal para o Ministério da Guerra, onde reuniam-se os líderes monarquistas. Destaca-se, entretanto, que a participação dos militares na proclamação não exclui a coexistência de outros fatores de queda da monarquia, quais sejam a questão escravista e o desentendimento entre o Império e a Igreja Católica, entre outros.
Em 1914 a 1918 surge a Primeira Guerra Mundial, porém apenas em 1917 o Brasil participa efetivamente da Guerra. Inicialmente o Brasil quis manter-se neutro, com a tentativa de não abalar a sua exportação, mais precisamente de café. O Brasil se resguardava na convenção de Haia. (Participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial será o segundo tema abordado por este blog).
A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial se deu com a criação e o envio da Força Expedicionária Brasileira, que lutou na campanha de libertação da Itália contra o Eixo a partir de 1943. Alguns acontecimentos importantes surgem com a participação do Brasil - A criação da FAB, por exemplo-.(Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial será o Terceiro tema abordado por este blog).
Com este pequeno panorama dou por aberto este Blog, que tem o intuito de discutir didaticamente, a participação do Brasil em guerras internacionais.

Calendário:
Abertura do Blog: 21/03/2012
Primeiro Tema: Guerra do Paraguai (A partir de 22/03 até 29/03)
Segundo Tema: Primeira Guerra Mundial - Participação e motivos que levaram o Brasil à guerra (A partir de 30/03 até 06/04)
Pausa para VP1
Terceiro Tema: Segunda Guerra Mundial - Participação e motivos que levaram o Brasil à guerra (A partir de 16/04 até 23/04)
24/04 Em diante, aberto a discussões gerais e consequências das participações do Brasil em guerras.
Agradeço ao Professor Ricardo Pimenta pela iniciativa e desejo boa sorte aos colegas que também estão criando seus Blogs.
Comentem e por favor, deixe o link dos seus blogs para que eu também possa ter acesso.
Bruna Pimentel